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Re: Manualzinho de versificação
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um post imenso do qual não li ainda nem metade. Porém, antes de enveredar por regras, por versos, por métricas e ritmos, ele se pergunta por exemplos vários o que é o rádioe da poesia em si, e umas primeiras definições é uma das mais sucintas e felizes, pelo poeta francês Paul Valéry:


Como, portanto, sei que não vou conseguir definir o que seria poesia de maneira que contente a mais de cinco pessoas no aposento (supondo que existam mais de cinco, é claro), gostaria, apenas pra não ficarmos nesse tipo de desolação, de exibir aquela que é a minha preferida: a que o poeta francês Paul Valéry expôs em seu Tel Quel: "Le poeme ― cette hésitation prolongée entre le son et le sens". O poema: esta hesitação prolongada entre o som e o sentido. A intuição, é certo, ecoa na basílica mallarmaica, onde se lê que o verso possui uma "têmpera alternada entre o sentido e a sonoridade", bem como na dantesca, que concebe o poema como uma "invenção disposta em figuras e música". Mas segue admirável, não acha? Afinal de contas não basta achar que o poema se perfaz apenas de sentido, tratando a forma como um biscoito chinês a que você descarta logo que descobre o bilhetinho. Em muitos casos o que é magnífico é a forma com que aquilo foi dito, especialmente se considerarmos quão monótona tende a ser a lenga-lenga dos poetas.


ele dá outros bons exemplos. Tinha um livro de José Miguel Wisnik sobre música e todo o fenômeno sonoro chamado O Som e O Sentido, muito bom, aliás. Talvez tenha tirado o título daí.

não vi todos os exemplos dele de escansão, mas azáguas realmente é tão de lei quanto ozói. Bola fora dele. "ocasião" ele explicou como ditongos podem virar hiatos e vice versa, usando a própria palavra "hiato": embora gramaticalmente fique hi/a/to, como a átona hi é seguida da tônica á, o i segue elidido na pronúncia, vira um ditongo crescente: h'a/to, o/ca/s'ão. Eu frequentemente elido ditongos crescentes. O Bandeira elide o hiato do sapo também. E certamente não o fez em prol da ignorância.

Mesmo na poesia livre de metro, há o ritmo dado pelas sílabas e pela forma como o poeta arranja os versos (aliás, interessante a origem do termo como "retorno"). Os poemas de Drummond na boca do povo parecem ser os mais regulares, como a pedra, aquele em que todo mundo ama todo mundo, etc. Poema pode ter metro irregular, mas o ritmo dado pelas sílabas está sempre lá.

poesia é um fenômeno sonoro próprio da fala, da declamação, do coaxar, dos ecos do ego. Talvez só poemas concretos enquanto fenômeno visual numa página sejam realmente livres. Ou talvez liberdade seja só ilusão mesmo, sonora ou ótica. Quando hesito entre som e sentido prolongo o êxito tido.

Manualzinho muito útil, mas mais que útil, enriquecedor...

Criado em: 9/7/2017 16:35
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Manual de versificação
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http://formasfixas.blogspot.com.br/20 ... inho-de-versificacao.html

Manualzinho de versificação, por Matheus Mavericco[/url]

não se deixem enganar pelo título Um vasto e erudito tratado sobre o assunto, acho que ele não entende que blogs não são para a publicação de um livro por post. Realmente formidável e agradabilíssima leitura, embora venha a levar um tempo até terminar. Como não é estritamente técnico, vou lendo aos poucos.

Esse sujeito conheci anos atrás quando postava haikais e poemas em sites por aí e desde então acompanho vez ou outra. Parece ter sumido com seus poemas e enveredado mais por traduções e crítica, com uma prosa e sapiência que dá gosto de ler. Diz-se jovem e estagiário, mas tenho minhas dúvidas de que tanta experiência caiba em um.

Criado em: 8/7/2017 16:41
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Trégua
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Na trégua há uma régua, uma regra com que se mede, mensura, censura de acordo com a justiça do ruler, o mensurador real que a todos reina com regalias...

Na ausência deste e de medidas cabíveis, firmemos entre nós um pacto: não me lês, não te leio.

Acho que é de conhecimento geral que me achas um verme, fdp, excretor de poeminhas de merda na mesma medida e proporção em que penso o mesmo de ti. Então, pra que continuar algo que não vai mudar? Só incomodamos aos outros com essa guerrilha.

Mas, ok, se comentar a outros textos não é considerado um ato de generosidade, mas sim de prostituição, deixarei de rodar a bolsinha. O silêncio faz bem. Só espero que nem todos entrem com devoto silêncio nessa sacristia. Corre-se o risco de ouvir-se apenas as vozes dos santos, de fantasmas, demônios e quiçá até de Deus...

Aos outros, se puderem, também agradeceria o silêncio. Eu usaria a categoria Para Visitantes para postar, mas foi retirada...

Criado em: 2/7/2017 17:48
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Re: A Música que nos inspira
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Criado em: 14/6/2017 2:03
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Re: A Música que nos inspira
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Marc Ribot... que triste, até jazz se tornou boçal...

Criado em: 21/2/2015 19:06
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Re: A Música que nos inspira
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Criado em: 28/10/2014 23:29
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Re: A Música que nos inspira
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Criado em: 9/10/2014 5:18
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Re: A Música que nos inspira
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Criado em: 7/10/2014 3:04
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Re: Quais são os seus livros favoritos?
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sem nenhuma ordem em particular...

Duna, Herbert
O Senhor dos Anéis, Tolkien
A Guerra dos Tronos, Martin
As aventuras de Sherlock Holmes, Doyle
Os três Mosqueteiros, Dumas
Da Terra à Lua, Verne
O Velho e o Mar, Hemingway
O pequeno príncipe, Saint-Exupéry
O oceano no fim do caminho, Gaiman
Pet Sematary, King


A guerra dos Tronos pode surpreender muita gente por aqui: embora famoso por causa da série da HBO, tem linguagem incrivelmente poética. Martin é um escritor muito mais linguisticamente talentoso que Dan Brown, por exemplo, dentre escritores de best-sellers...

não tem muito de português, brasileiro ou espanhol aí, né? Em geral, não parecem se interessar por literatura fantástica e acho menos que fantástico literatura realista... poesia é poesia, conto é conto e é difícil listar coletâneas como livro...

Criado em: 29/9/2014 19:38
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Re: A Música que nos inspira
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Criado em: 24/9/2014 11:11
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