Sonetos : 

O RIO DA MINHA ALDEIA

 



O Tejo debruça-se sobre a minha janela,
Põe vasos, com as mais lindas flores,
Na varanda do meu quarto, bambinela
Colorida da cor do mar e seus primores.

No vão das escadas enche de degraus
Os aposentos das casas, e os vizinhos
Saem prà rua, em noites de saraus,
Quando as estrelas os deixam sozinhos.

Salpica, aqui e acolá, os olhos rarefeitos,
Pela paisagem circundante que o alimenta,
Aguas convulsas batendo nos parapeitos.

Desce apressado até à foz, mais abaixo,
E é no meu distinto coração que ostenta,
O som melífluo de um subtil contrabaixo.

Jorge Humberto
21/06/07

 
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jorgehumberto
 
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Enviado por Tópico
syros
Publicado: 22/06/2007 19:09  Atualizado: 22/06/2007 19:09
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 Re: O RIO DA MINHA ALDEIA
Já me habituei a vir ler os seus sonetos, Jorge Humberto. São de mestre.

Um abraço