Saiu pela porta
vejo despontar em mim
o dia, a noite, uma resposta torta
quando da saudade não vejo fim.
Começo a marcar passo
lento, encontro-me e fico deitado
olhando o céu que é escasso
nesta imensidão, e deixo ser pelo pensar devorado.
Como me posso curar
de todo este pensamento
de toda a cabeça a atrofiar
por sentir em mim passar o tempo.
O tempo passa e deixa marcado
na pele dura e suada
deixa este tolo e sujo desenho tatuado
algo que a todos diz nada.
Enterro-me num campo qualquer
de uma qualquer terra
tento deixar de pensar, deixar de ser,
para que acabe em mim esta guerra.