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Descoberta genérica de um óbvio encoberto

 
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Sou fogo-fátuo
Que foge para onde vais,
Que te segue,
Incómodo e cheiroso,
Luminoso demais.

Sou bola que reluz
Ao fundo do cais,
Memória dolorosa,
Doentia, vagarosa
Que não sai nem comove.

Apenas remove o sentido,
Despe o sentido de si,
Segue como bola de fogo frio
Bem perto de ti.

Mas se não te sigo,
Não te procuro,
E o fogo se acende a toda a hora,
És então tu o emissor
Deste fumo em putrefacção,
És mesmo tu o cadáver
De outro dia.

 
Autor
AntonioCarvalho
 
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