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Indiferença

 
Tags:  memórias  
 
Era tarde,
Para ainda ser cedo.

Eu caminhava sentada
Num banco sem fundo.

Com os olhos fechados,
Via as pessoas que
Corriam paradas,
Naquela rua
Que subia para baixo.

Um jovem velho
Muito calado me disse:
“O mundo é uma bola quadrada
que rola parada
pela calçada do Universo;
e as estrelas são as luzes
que iluminam essa calçada.”

Eu
Percebendo o que ele não disse
E não entendendo o que ele disse,
Levantei-me sentada e
Caminhei parada
Por essa rua que subia para baixo
Até ao Fim do Mundo...


18-11-1984



(reeditado http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=28755)
 
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Tália
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Enviado por Tópico
Alexis
Publicado: 20/10/2009 20:03  Atualizado: 20/10/2009 20:03
Colaborador
Usuário desde: 29/10/2008
Localidade: guimarães
Mensagens: 7238
 Re: Indiferença
gostei muito de ler o teu poema,Tália.desci por ele acima até ao fim do mundo.
beijo,
alex

Enviado por Tópico
Conceição Bernardino
Publicado: 20/10/2009 20:04  Atualizado: 20/10/2009 20:04
Usuário desde: 22/08/2009
Localidade: Porto
Mensagens: 3357
 Re: Indiferença
onde será que começa o mundo e acaba?

gostei

beijo

Enviado por Tópico
RoqueSilveira
Publicado: 20/10/2009 21:31  Atualizado: 20/10/2009 21:31
Membro de honra
Usuário desde: 31/03/2008
Localidade: Braga
Mensagens: 8102
 Re: Indiferença
E a indiferença foi aqui mastigada nas palavras, muito bem. Gostei imenso. Bjs

Enviado por Tópico
AntóniodosSantos
Publicado: 20/10/2009 21:31  Atualizado: 20/10/2009 21:31
Colaborador
Usuário desde: 10/12/2008
Localidade: Lisboa
Mensagens: 997
 Re: Indiferença
Vivemos esse mundo de contradições...
Gostei do poema...
A.S.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 20/10/2009 21:53  Atualizado: 20/10/2009 21:53
 Re: Indiferença
Gostei deste jogo de contradições que mostram a indiferença do que é! Insito, não gosto do sentimento subjacente, até porque há ruas a descer que sobem, é tudo uma questão de óptica e de tempo!
Um beijo Tália