Condenação

maria joão,

tem cuidado. quem ama um poeta está condenado(a) pela vida inteira. e não há vênus ou oxum que dê jeito. os poetas são animais estranhíssimos. não mordem, é verdade, mas são estranhos. estranho não quer dizer louco, embora alguns poetas tragam, e é coisa do berço, essas duas coisas no bojo de suas almas.
gostei.

beijo,

j.

Horrores dos horrores.
Maior condenação que amar um poeta (insensatez, mesmo) é que arriscas-te a seres amada por um também!!!

Isto seria um poeta ao quadrado!!!!!


Beijos.

Condenação, é não amar. Quer seja poeta ou não.
E fundamentalmente, não se acorrentar a esse amor.

Não dá mesmo ficar prisioneiro.

Gostei!

Beijo

Gil

Absolvo-te na liberdade suprema do amor!

Sou moreno, novo, bonito e vaidoso. eheheh

beijo

Fazes tu muito bem, Maria, ah... sim!
Há os tais amores que são perversos.
Põem-nos no coração como o mesmo à vontade
como que nos condenam à indiferença.
Pena capital, no amor é a indiferença, não é?
pois... e ela vem precisamente daqueles que se amam
(apenas a eles...)
Muito bom. Gostei.
Beijo

Condenação com final feliz.
Muito bonito o seu poema.

Bj
Antonieta

raros são o que amam a liberdade dos amados.
condena.te mas prende.te à poesia...dessa não te livras mesmo que te entregues ao diabo.

beijo

Estou no site há poucas horas e este foi um dos melhores trabalhos poéticos que li.

Bela condenação.

Abraço

vou partir do princípio que falas de poesia.podemos amar nos poemas coisas muito diversas.um amor não exclui o outro e é bom poder sentir essa liberdade.assim como a liberdade de não nos identificarmos com alguns outros,independentemente de lhes reconhermos "atributos"...

beijinho,
alex

se os poetas caíssem com a chuva. às vezes penso, não, às vezes observo, as pessoas a cair em ruas por onde nunca deveriam ter ido, senão não caíam, e penso, não, eu não penso, eu estou certa, que os poetas nunca iriam por ali, que a sua sensibilidade haveria de os impedir de palmilhar aquelas ruas onde é tão fácil cair. ser poeta é conhecer a rua pelo cheiro, pelo toque da pedra fria, pelo olhar de longe. ser pessoa é cair na rua.

Devido ao sofrimento em mãos de selvajaria social, uma condenação subjectiva à poliamoria poética. Voto sim.

Beijo.

...

Colho
essa flor pelos teus cabelos — onde
Vénus arde sem
o saber



Beijos

é bom saber que não estou só nesta condenação de amar o poeta, a poesia.

muito obrigada pelos vossos comentários.

beijo

De repente surgiu-me a Florbela Espanca tal como ela com laivos de suícidio, no teu caso por te calhar em querer o poeta!
Um beijo M João