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Portas Abertas

 
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Repetirei!
com calma e talvez alguma raiva
que toda minha dor será aliviada
quando de meu corpo revoarem os insetos,
cansados de devorar carne por carne.

Descansarei!
com convicção e resignação
que em qualquer dia
os gritos e chicotes não mais arderão:
em minha pele curtida,
em minha carne pouca,
em minha prece louca.

Respeitarei!
com dignidade e humildade
os caminhos que os arquitetos do destino
traçaram para que a serenidade
seja o convite aos que batem à porta da
rendição (ou da transição).



AjAraújo, o poeta humanista.
 
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AjAraujo
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