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Tempos perdidos

 
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Tempos perdidos

Vendo o tempo passar me desespera
Com estas ansiedades que eu ando
Sabendo que já perdi a primavera
E o meu outono já está começando

Quantos desejos sufoquei, calando
Sem aproveitar vivendo em quimera
Gostaria de viver e amar cantando
Mais cem vidas, para isso, quisera

Desperdicei toda a minha juventude
Por timidez, amar e sofrer não pude
Por pudor em muito eu me contive

Os beijos que eu não tive por tolice
Agora choro neste início de velhice
Os amores que na vida nunca tive.

jmd/Maringá, 09.11.09





verde

 
Autor
João Marino Delize
 
Texto
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Enviado por Tópico
Avozita
Publicado: 09/11/2009 18:31  Atualizado: 09/11/2009 18:31
Colaborador
Usuário desde: 08/07/2009
Localidade: Casal de Cambra - Lisboa
Mensagens: 4529
 Re: Tempos prdidos
Quantas vezes olhamos para tras e vemos o tempo perdido.
Mas, amigo, nunca é tarde para amar.
Bonito o seu soneto.

Antonieta

Enviado por Tópico
Fátima Rodrigues
Publicado: 09/11/2009 18:32  Atualizado: 09/11/2009 18:32
Da casa!
Usuário desde: 03/07/2007
Localidade: Setúbal - Portugal
Mensagens: 464
 Re: Tempos prdidos
Nunca é tarde...tudo termina apenas com a morte...e mesmo assim há quem diga que nem assim!


Gostei do poema
Abraço

Enviado por Tópico
Liliana Jardim
Publicado: 09/11/2009 18:37  Atualizado: 09/11/2009 18:37
Usuário desde: 08/10/2007
Localidade: Caniço-Madeira
Mensagens: 4412
 Re: Tempos prdidos
Gostei de te ler poeta, nunca é tarde mas o tempo não para.

Jinhos
Tudo de bom

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 09/11/2009 18:41  Atualizado: 09/11/2009 18:41
 Re: Tempos prdidos
Há nesta bela e magoada poesia muito da tragédia camoniana, muito dos belos sonetos de Bocage, não veja nesta minha afirmação algo negativo, muito antes pelo contrário, quem me dera escrever assim !

Abraço


Enviado por Tópico
Betha Mendonça
Publicado: 09/11/2009 22:18  Atualizado: 09/11/2009 22:18
Colaborador
Usuário desde: 30/06/2009
Localidade:
Mensagens: 6699
 Re: Tempos prdidos
João,
Cada verso do teu soneto tem um pouco da vida do leitor e do que ele poderia ter feito e não fez...
Identifiquei-me bastante com teus versos, por que há coisas sem volta.
Bjins, Betha.