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.46.

 


. façam de conta que eu não estive cá .

roubaram ao céu a noite, meteram-na toda bem entolhada dentro de mim, ocuparam-na de mim, ou a mim dela, e agora não sei que fazer às duas. respiro pausadamente, como quem bebe das folhas o sustento último da vida, como se a vida fosse a última, ou como se no ultimato de tudo o que se sustém irrespirável, se pudesse desenhar a árvore que suporta a folha.
 
Autor
Margarete
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 12/11/2009 19:06  Atualizado: 12/11/2009 19:06
 Re: .46.
Um pequeno texto, prosa poética bela, emocionalmente triste e profunda.