Poemas : 

À janela de uma qualquer Marilyn - 1

 
1.

com os olhos de fogo
em saldo comprados
mesurei-te os seios
que
como o’neill
sei-os de cor

e sabendo-os de menta
neles vislumbrei formol
por esses dias de exéquias

e uísque
das mais altas terras
prateleiras
alambiques de vãos de escada

e trepei cada degrau
que me levavam da cintura
aos seios
os que de cor sei

ah porra édipo
por que te foste de mim
que agora tanto jeito me davas

e pernoito
como gato à janela
medindo o salto
para o telhado defronte
onde outra como tu mata um cigarro
roendo as unhas da angústia

mas com seios de copa menor

Xavier Zarco

 
Autor
Xavier_Zarco
 
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Enviado por Tópico
mim
Publicado: 16/11/2009 00:11  Atualizado: 16/11/2009 00:11
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Usuário desde: 14/08/2008
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Mensagens: 2857
 Re: À janela de uma qualquer Marilyn - 1
Que ao fazeres o poema não tenhas caído do telhado!
Cá espero pela Marilyn - 2!


Beijos