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( Hospício )

Clausura

Deus misericordioso, ampara
As fraquezas da alma humana
Pavorosa ilusão que me chama
Eternidade, mulher sem máscara

Morte, alma negra moléstia barbara
Sepulcro que soterra, pobre insana
Questiono morte tens vida alem chama
Ou és apenas ladainha que proclama

A doutrina dum santo que é oficio, e são tantos
Os mandamentos, os pecados o cristianismo
Enclausuram-me no convento no meio de santos

Pina Manique, mui nobre e benevolente
Príncipe Regente amparam-me no abismo
Os meus versos, são a paga, o meu presente

Antónia RuivoOpen in new window


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

O desembargador Morais de Brito despronuncia Bocage do delito que lhe é imputado e entrega-o nas mãos da inquisição por erro religioso, assim Bocage ao fim de três meses passa da prisão do Limoeiro para o mosteiro de S.Bento da Saúde. não se sabe muito bem se por sobrelotação do mosteiro se por influencia de alguns amigos de peso no reino, Bocage a 22 de Março de 1798 é transferido para o Hospício das Necessidades.
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Na foto o Marquês de Pombal
 
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Antónia Ruivo
 
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Enviado por Tópico
gil de olive
Publicado: 04/12/2009 00:12  Atualizado: 04/12/2009 00:12
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Mensagens: 4838
 Re: «« O poeta aos meus olhos ( XIV ) ««
Mais um que gostei de ler!Mais um bonito trabalho!