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( Penúria )
O Silva das Luminárias

Café Nicola teu berço, és apego
Velho amigo que vens de longa data
Nos improvisos que a moléstia arrebata
Achaste um meio de me dar aconchego

Josino Amável em tuas mãos entrego
O derradeiro que nasce em cascata
Que consegues trocar por ouro e prata
Dás-me alguma paz, algum sossego

Não foras tu de fome já morrera
Não fora Deus, descrente viveria
Mas a paz ombro a ombro me acolhera

Desfiz-me do velho valor errante
Vestígio louco que me antecedia
A mocidade repousa em dor bastante

Antónia RuivoOpen in new window


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

A doença agrava-se, Bocage só não morre de fome porque Josino, mais conhecido pelo Silva das luminárias dono do café Nicola, onde Bocage passara grande parte da sua vida por entre poemas e copos manda editar o que o poeta ainda consegue escrever e vai vendendo as brochuras ao balcão do café.assim Bocage vai sobrevivendo com o fim cada vez mais perto.
 
Autor
Antónia Ruivo
 
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