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. façam de conta que eu não estive cá .

sou da chuva.
de dentro do peito, pesa-me o coração, esta ausência a tracejar o diálogo pela mudez das palavras. não gosto de não saber-te, não estar certa dos passos quando interrompes a marcha e me dizes: fica.
fico para ser das lágrimas o mistério fecundo de dois gritos. não estou, hoje não estou. não estou no que me dizes, como quem engole a ponta da faca. corta.
se hoje me dissesses coisas felizes (chuva, mar, vento), abria os braços e fugia para outra paisagem. desculpa mas hoje não estou no teu mundo, sou da chuva.
 
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Margarete
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Enviado por Tópico
Amora
Publicado: 07/12/2009 23:25  Atualizado: 07/12/2009 23:25
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 Re: [ ...
Um estado de direito pelo qual se deve render graças, são poucos os que assim escrevem Mar.
Beijo, água.

Enviado por Tópico
arfemo
Publicado: 07/12/2009 23:36  Atualizado: 07/12/2009 23:36
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 Re: [ ...
...não está provado que a poesia nasça na dor e se tranfigure na palavra...mas é belo o que escreveste. fez-me lembrar: mas é possível estar à janela e vermo-nos passear na rua?...

bjos
arfemo

Enviado por Tópico
Moreno
Publicado: 08/12/2009 01:29  Atualizado: 08/12/2009 01:29
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 Re: [ ...
a chuva fecunda a inspiração nessa transpiração do ser, ainda que a ausência corte...

beijo

Enviado por Tópico
António MR Martins
Publicado: 09/12/2009 00:32  Atualizado: 09/12/2009 00:32
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 Re: [ ...
Mar,

E como é da chuva teu semblante, como o foste, na chuva que te envolveu... como fomos, pela chuva que em nós caiu.
Foste majestosa, como continuas a ser com as tuas palavras.
Continuo a admirar-te.
Continua com essa inspiração, incomparável...

Beijinho