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63h

 


. façam de conta que eu não estive cá .

julgo não saber se o rio o é na tua língua ou na íris. gosto de anoitecer nos teus braços, como quando encostas a cabeça ao vidro e ficas a ver crescer-te um mar no peito. hoje gostava de te dizer poemas como quem diz saudade. despedir-me do teu corpo como quem cumprimenta as manhãs, as tardes, as noites, os dias inteiros. adormecer à margem de dez dedos soterrados na pele. despir a boca de silêncios. gemer as águas como quem te leva para casa e ao chegar ter a certeza que já lá estavas.
 
Autor
Margarete
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Enviado por Tópico
antóniocasado
Publicado: 09/12/2009 01:00  Atualizado: 09/12/2009 01:00
Colaborador
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Mensagens: 1656
 Re: 63h
Ola

Este poema está em sintonia com a minha forma de pensar e sentir. Parabéns.
Gostei.

António Casado

Enviado por Tópico
António MR Martins
Publicado: 09/12/2009 01:12  Atualizado: 09/12/2009 01:12
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Mensagens: 5058
 Re: 63h
Mais uma grandiosa obra poética...

Beijinho

Enviado por Tópico
RoqueSilveira
Publicado: 09/12/2009 09:51  Atualizado: 09/12/2009 09:51
Membro de honra
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Localidade: Braga
Mensagens: 8104
 Re: 63h
Que tudo o que me deres seja sem que te peça...Lindo. Bjs

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 09/12/2009 11:39  Atualizado: 09/12/2009 11:39
 Re: 63h
mais uma excelente série, prosa poética de fome de silêncios. parabéns.