Poemas : 

RESTO...

 

Tardo-me nesta solicitude
onde coloco as mãos
numa forma de prece
e abranjo-me neste final.

Pelo meio fica o poeta
gemendo, contornando-se de dores
alheias, cósmicas,
e rotula-se como porta giratória.

O vento aguarda o resto,
sem equação, sem destino de metafísica
recolhendo o refrão como casaco.

Dobram-se as mangas
e os casacos negros do poemas
até que avidez se desgaste a cada canto.

Eduarda






 
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eduardas
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