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Supérfluos

 
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Meio aos “supérfluos objetos”
Armazenados sem lógica
No quartinho a eles destinado
Encontrei uma fosca folha
(dessas de embalar pão)
Onde o meu pai exercitara,
Exaustivamente, a sua assinatura.

Percebia-se, claramente,
Através dos traços nítidos e fortes
Que a mão que conduzira “a pena”
O fizera qual fosse arado
Que rudemente desbravasse o chão.
 
Autor
Massari
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Enviado por Tópico
rosafogo
Publicado: 03/01/2010 21:26  Atualizado: 03/01/2010 21:26
Usuário desde: 28/07/2009
Localidade:
Mensagens: 10486
 Re: Supérfluos
Muito lindo e me emocionei, por me ter feito recordar o meu que era analfabeto e passava o
tempo a tentar escrever seu nome com a mesma emoção com que lidava a terra.

Achei lindo.
Abraço amigo
rosa


Enviado por Tópico
Avozita
Publicado: 03/01/2010 21:30  Atualizado: 03/01/2010 21:30
Colaborador
Usuário desde: 08/07/2009
Localidade: Casal de Cambra - Lisboa
Mensagens: 4529
 Re: Supérfluos
Olá Massari,

Lembrar quem já partiu é sempre nostalgico,
mas este poema está lindo.
Parabens.
Abraço
Antonieta