Poemas : 

Os Rios I

 
Ali onde ambos se encontram
Sob o olhar atento do poeta,
Fica a vila da minha infância,
A minha doce Constância.
Vêm de longa distância
Para se unirem em sagrados laços,
A quente água do Tejo
E a fria corrente do Zêzere.
Cruzam-se para seguir viagem
Com os corpos entrelaçados,
Deixando Constância saudosa
E trazendo o poeta na alma.
Descem até ao lindo castelo
Que envolvem com os dois braços,
Ouvindo a música das pedras macias
Em cujo ventre deslizam de forma traquina.
Nascem solteiros das entranhas da terra
Para ali se casarem com a benção do poeta,
Logo seguindo viagem apressada
Para a tão esperada lua de mel.
De corpos unidos para a eternidade,
Deixam de ser dois para formarem um só,
Para que o seu corpo sedutor
Encante tantas e tantas terras portuguesas...

 
Autor
Joana Roque Lino
 
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Enviado por Tópico
JSL
Publicado: 07/07/2007 21:04  Atualizado: 07/07/2007 21:04
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Usuário desde: 10/05/2007
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Mensagens: 681
 Re: Os Rios I
Constância...
É uma vila que me povoa o imaginário porque é também um testemunho de uma passagem que não esqueço...
Por isso lembrei em cada palavra deste poema a constante do meu lembrar "Constância".