Sonetos : 

MEU PASSADO

 
'' Abro a janela, quanta luz...'' Rinaldo Gissoni

Algumas vezes, ponho-me à janela
Serenamente, toca-me uma luz....
Algo azul, bom ardor que me seduz!
Verdadeira lembrança meiga e bela.

Vários seres desfilam para mim.
Passam leves, sutis e evanescentes...
Cravos lívidos, mortos, displicentes
Que brotam neste meu triste jardim...

Em ti, janela, quanto medo e horror!
Quanta distância, quanta dor, maldade...
Tu te tornaste a imagem do pavor!

Por isto, quando eu vejo algum ser mágico
Que deveria ser felicidade,
Vejo o como este meu jardim é trágico!




sempre seu,
Rommel Werneck
www.poesiaretro.blogspot.com


 
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lordbyron
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Enviado por Tópico
Henricabilio
Publicado: 14/01/2010 09:59  Atualizado: 14/01/2010 09:59
Colaborador
Usuário desde: 02/04/2009
Localidade: Caldas da Rainha - Portugal
Mensagens: 6963
 Re: MEU PASSADO
Olá colega Recantista!
É sempre encontrar quem segue a escola dos sonetistas clássicos!
Quando abrimos a janela da saudade, o nosso íntimo experimenta as mais profundas emoções.
Mas é com esta viagem que também amadurecemos para a vida.
Belo soneto heróico!
Um abraçooo
Abílio

Enviado por Tópico
Gyl
Publicado: 16/01/2010 00:12  Atualizado: 16/01/2010 00:12
Usuário desde: 07/08/2009
Localidade: Brasil
Mensagens: 16075
 Re: MEU PASSADO
Não imagina como meu sangue ferve quando encontro pessoas talentosas! A riqueza vocabular, a inteligência na árdua arte do compôr e a métrica perfeita fazem de ti um dos "Grandes da Literatura" amigo Byron! Um enorme prazer vir até tua página para beber da verdadeira poesia! um forte abraço que chegue até ti!