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Dias de veludo

 
Até ao fim do mundo num copo de vinho
Salto e corro e brindo à névoa dos dias de veludo
É como o galope de um cavalo selvagem.
Vai para onde quer mas ninguém o escuta.
O mar que vejo por entre a folhagem das copas das árvores
É a mesma folhagem que decora os meus sonhos.
Agita-se ao ritmar do vento
Tal como se agita um copo cheio de vinho.
Uma guitarra toca portuguesa
Toca no outro lado do Atlântico
E longe se escutam os seus trinados
Lá longe no Haiti, longe num qualquer lado do mundo.
É a névoa dos dias de veludo pelas estrelas que nos brilham
O rio vai azul e com flocos brancos a saltar de espuma
Agita-se ao ritmar do vento
A crina do cavalo, ela assobia e molda-se no ar.
Quero que os candeeiros se acendam
Quero que as máquinas se calem.
Deixem a luz entrar pelas nossas frestas
E que vivam em nós os mais belos dias de veludo.


(de bruno cunha, in http://1-por-dia.blogspot.com)

 
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poecida
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