Poemas -> Saudade : 

Sou prisioneiro meu...

 
Aperta à saudade, o corpo estremece ao gritar.
A distância machuca e não sei aliviar.
Às vezes quero calor, que paixão.
Uma grande loucura, mergulhado em minha doideira.
Outras quero aconchego, carinho e colo.

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Seria melhor bater de cabeça entrar em sono eterno.
Pelo qual a lembrança seria a única que não aparecesse
e não mexesse tanto com meus cinco sentidos.

Talvez não fosse capaz...
Por mais forte que fosse a covardia me faria presente.
E seria incapaz de quere a amnésia
Desta ausência tocante.
Ferida aberta, jamais cicatrizante.
Sou prisioneiro meu...



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Arthur Gameiro


 
Autor
ArthurGameiro
 
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Enviado por Tópico
ÔNIX
Publicado: 21/01/2010 13:18  Atualizado: 21/01/2010 13:22
Membro de honra
Usuário desde: 08/09/2009
Localidade: Lisboa
Mensagens: 2683
 Re: Sou prisioneiro meu...
Uma prisão apetecível essa Arthur.
È bom sentir-mo-nos bem com esse sentimento que nos faz acreditar que a vida é bela

Gostei de te te ler. Por onde tens andado?

Beijos


Matilde D'Ônix


Enviado por Tópico
anatomia
Publicado: 25/01/2010 16:52  Atualizado: 25/01/2010 16:52
Da casa!
Usuário desde: 28/11/2009
Localidade: Região Centro
Mensagens: 206
 Re: Sou prisioneiro meu...
Este seu poema é lindo pela emoção que transmite, há tristeza, saudade, um vazio por falta da presença de alguém que deixou uma lacuna em ti do tamanho do mundo..Mas, no fundo, tu queres essa saudade em ti!

Passa, um dia passa!

"Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?"
Luis Vaz de Camões

Obtido em "http://pt.wikisource.org/wiki/Amor_%C ... que_arde_sem_se_ver"


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