Sonetos : 

Velho relógio

 
Tags:  tempo    espera  
 

Veja este velho relógio, batendo e arrastando a vida.
Marca as horas de saudade dum passado tão bonito.
Quando era em meu jardim a rosa mais colorida,
Que secou com minhas lágrimas por seu amor desdito.

À noite o relógio me acorda num tic-tac incessante.
As horas vão se arrastando pela madrugada afora.
Faz pensar que o tempo agora já não é como antes,
Pois um dia sem despedida, para sempre foi embora.

Agora enquanto ouço o triste relógio as horas bater,
Lembro-me de você e choro mesmo sem querer.
Lamentando a felicidade que o tempo deixou pra trás.

Outro dia em um jornal que o lado social noticia:
Eu vi você ao lado de outro, numa grande alegria.
Senti que ao meu lado não voltaria nunca mais.

jmd/Maringá, 21.01.10




verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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