Quanta felicidade no meu peito sinto
Que transbordo em vagas feito um mar;
Como um vulcão italiano nunca extinto
Que lavas em minhas veias põe a queimar!
O que sinto não oculto nem é isso que quero.
Quero gritar para todo o mundo que te amo.
Que você é o ente messiânico que eu espero
Para me libertar desse cruel e negro oceano!
Sim, ali entre os tantos gozos e feroz delírio,
Quero me embrenhar pelas suas florestas.
No seu pomar quero me fartar e fazer festas
Igual a borboleta a furtar néctar de um lírio!
Pois você é sereia serena pintada de luas;
Ramos violáceos dos tantos campos em flor;
Fronhas de veludo em meu leito de espumas
Onde quero te fazer feliz e te matar de amor!
Gyl Ferrys