Sonetos : 

«« O trinar da Guitarra ««

 
Os nosso olhar se entre-cruzou, assim
Que o vento amainou e a chuva parou
Tal qual as cordas de um bandolim
Nosso olhar se cruzou, o dia avançou

Em direcção ao tudo que chega por fim
Depois da espera que a vida traçou
Floriram as rosas num belo jardim
Trinou uma guitarra, baixinho chorou

Fundem-se as almas em comunhão
Unem-se os corpos, quente madrugada
Bocas unidas, dadas as mãos por essa estrada

Plana ou em ziguezague, em abolição
Germina o amor, numa farta colheita
Duas lágrimas que caem,é o gemer da guitarra

Antónia RuivoOpen in new window


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
Autor
Antónia Ruivo
 
Texto
Data
Leituras
938
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
6 pontos
6
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Conceição Bernardino
Publicado: 08/02/2010 01:32  Atualizado: 08/02/2010 01:32
Usuário desde: 22/08/2009
Localidade: Porto
Mensagens: 3357
 Re: «« O trinar da Guitarra ««
gostei da sonoridade.

beijo


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 08/02/2010 12:08  Atualizado: 08/02/2010 12:08
 Re: «« O trinar da Guitarra ««
Continuas a escrever muitissimo bem Antónia, esta sublime este teu soneto onde o trinar da Guitarra soa intensamente, diria mesmo, minuciosamente...

um beijo para ti


Enviado por Tópico
Branca
Publicado: 09/02/2010 00:30  Atualizado: 09/02/2010 00:30
Colaborador
Usuário desde: 05/05/2009
Localidade: Brasil
Mensagens: 3024
 Re: «« O trinar da Guitarra ««
Majestoso teu soneto. Comparar o gemar da guitarra a duas lágrimas foi demais...
Parabens.
bjs.