Poemas : 

Autobiografia Poética

 
Autobiografia

O destino assim escolheu
Que minha alma despertasse
Sentimentos de revolta
De amor,
Em cada palavra solta,
De dor,
De paixão,
Mas que sempre me saísse
Do coração
Como se mais nada existisse.
Amor, ódio, frustração,
Passados para um poema
Meio vagabundo
Sem pensar bem no tempo
Mas resplandecente, de amor profundo.
Aspirante a poeta,
Lembro-me de vós
Sobretudo de Fernando Pessoa,
Experimento dar razão, à dor que me inquieta
Solto a minha voz
Elevo-a para vós
Grito, salto, desespero
Por cada palavra escrita
Invento os meus sonhos
Puxo pela palavra,
Como um vulcão em erupção
Fogo que lavra
Dentro do meu ser,
Faço da vida um exercício,
De matemática pura,
Sem grande sacrifício
A poesia cura,
Num instante,
As feridas do meu coração
Bebo da fonte da inspiração
Transpiro mares salgados,
Sentimentos sem razão
Insólitos, vadios, depravados,
Cuspo numa folha branca
Versos a rimar
Seja Florbela Espanca,
António Aleixo
Até,
O que importa é desfrutar
Desta onda, maré,
Que dure eternamente
Esta liberdade
Consequente ou inconsciente
No dia que partirás,
Deixarás saudade
Viverei ausente
Minha alma destruirás
Morrerei com a certeza
De que a poesia
Foi sempre a minha paixão,
A minha eterna alegria.


 
Autor
RicardoPacheco
 
Texto
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