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sem número

 


. façam de conta que eu não estive cá .





quando aqui cheguei o que de ti restava pôs-se a dormir, o corpo quieto ao lado, como uma memória estável. quis abraçá-lo, fugiu, fui atrás dele, desapareceu. que o teu corpo flutua quando o penso perto, que pára quando o sinto longe. deixa-te estar aí, não te mexas.quando aqui cheguei trazia dentro um filho, uma placenta de memórias para te entregar, quando abrisse as pernas e me rebentassem as águas, nos olhos, as lágrimas. quero chorar-te como quem morre.e dentro dos olhos fileiras de sonhos, posso dizer-tos quando acordares, posso dizer-tos.
 
Autor
Margarete
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Enviado por Tópico
Moreno
Publicado: 20/02/2010 00:54  Atualizado: 20/02/2010 00:54
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 Re: sem número à mar
quantas vezes essas memórias impregnadas na pele, parecem um jogo de ilusões com as imagens que se fazem presentes...

beijo

Enviado por Tópico
Henricabilio
Publicado: 20/02/2010 09:03  Atualizado: 20/02/2010 09:03
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 Re: sem número
A poesia em tons melancólicos, de uma interiorização muito própria, parece ser a tua imagem de marca no mundo das palavras.

Viajei contigo e envio-te votos de Feliz fim de semana!

Abílio