Quando essa febre se faz insana,
Eu deliro, afogo-me num mar de sal...
De lágrimas e suor que se esparramam na cama,
Nestes dias quentes de carnaval...
Pois, entre a vida e a morte, há um gemido!
Que passou despercebido entre as portas...
Assim alheio, não fora captado por ouvidos,
E foi morrendo por quem pouco se importa...
Nos adereços, no brilho... Desta febre terçã,
No enredo nostálgico... O grito da multidão!
O meu momento crítico, deitado ao divã,
Perdendo a consciência, por ocasião...
Pois ao som das cuícas e pandeiros,
Fui perdendo meu ritmo, o meu compasso...
Chegando a apoteose deste momento derradeiro,
Quando sufocado pela falta de espaço...
Por tal elemento proscrito, que me fora leviano...
Escondido nas mercês, entre coisas e tal...
Seguindo taciturno, entre cicranos e fulanos,
Para morrer nestes dias de carnaval...