Sonetos : 

«« Nada ««

 
Vesti as vestes pesadas do silêncio
Adornei-me com grinalda de coragem
Olhei o horizonte, fui na súbita aragem
Afastei-me deste meu medo doentio

Que me atulha a alma e num mísero desvio
Me afasta de mim, no anseio selvagem
Que o dia me traga a tua esbatida imagem
Tentando com isso preencher o vazio

De um saco sem fundo onde pernoitei
De um silêncio atroz à hora do nada
Num pouco de tudo, ao silêncio rio

Rio de mim e de ti, quem sabe a veste pesada
Me traga de novo o fresco do orvalho
Na coragem de correr, mesmo estando parada


Antónia RuivoOpen in new window


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
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Antónia Ruivo
 
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Enviado por Tópico
gil de olive
Publicado: 10/03/2010 17:26  Atualizado: 10/03/2010 17:26
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Mensagens: 4838
 Re: «« Nada ««
As belas rimas deixaram linda sua poesia!Gostei.

Enviado por Tópico
arfemo
Publicado: 10/03/2010 18:34  Atualizado: 10/03/2010 18:34
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Mensagens: 4812
 Re: «« Nada ««
..."na coragem de correr/
mesmo estando parada"

essa coragem que varre todo o poema em imagens cuidadas e luminosas com a aque destquei para mim...

abraço

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/03/2010 23:19  Atualizado: 10/03/2010 23:19
 Re: «« Nada ««
Um nada tão intenso rico denso...
Um nada tão Tudo...

Belo poema.

Abraço.

Enviado por Tópico
António MR Martins
Publicado: 10/03/2010 23:33  Atualizado: 10/03/2010 23:33
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 Re: «« Nada ««
Antónia,

Este "Nada" é tão cheio, repleto de poesia, enorme.

Beijinho

Enviado por Tópico
Massari
Publicado: 10/03/2010 23:44  Atualizado: 10/03/2010 23:44
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 Re: «« Nada ««
gsotei do soneto que do nada se apropria do
todo
abraço