Nunca gostei da cal!
Tudo queima e destrói
Faz mal!
Não caio nem nunca caiei
A minha maneira de ser
Sou como sou nada de máscara
Mas é certo que sei bem ver
E até também sei muito bem ler
O que se esconde atrás das caiadelas.
Prefiro a pintura todas as cores
São belas, azuis como as estrelas
Verdes como a esperança.
Comecei a pintar cedo
Tinha os meus onze anos
Quando o meu pincel começou a pintar.
Tinta preta, não a escolhi
Foi-me dada aquela cor
Pela qual criei amor
E foi crescendo, por ali ficou
E hoje, contente estou, pois que sei
Que será a cor usada na minha morte
Assim comecei a pintar
E nessa cor irei acabar.
A. da fonseca