Poemas : 

12.A Gaveta da Pedra

 


Aglutinemos nossas almas, talvez possamos dar um pouco de alegria à nossa infindável tristeza.

E eu amo,
Em cada gota de chuva que brilhou e se estende agora no chão.
No lugar mais perdido do corpo encontrarás meu coração.

Que dizes tu,
Quando uma voz morre na imensidão da pedra.

Sempre pensei que a dor se deve beber devagar
E não na velocidade que quebra o osso,
Em dias como este.
Porque o negrume da noite devora a alma.
E sinto-me na verdade cansado,
Deste grande teatro que é o amor.

Já não há espera, apenas certeza.



 
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Caopoeta
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 05/04/2010 09:38  Atualizado: 05/04/2010 09:38
 Re: 12.A Gaveta da Pedra
Tenho gostado muito de ler estas tuas gavetas de pedra.
Bem conseguidas, óptimas de ler.
Abraço Rogério.


Enviado por Tópico
JoséCorreia
Publicado: 05/04/2010 10:49  Atualizado: 05/04/2010 10:49
Usuário desde: 17/03/2009
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Mensagens: 282
 Re: 12.A Gaveta da Pedra
Tenho andado a ler estes teus últimos textos,e tenho apreciado bastante. Destaco este pelo simples facto que de facto o amor pode ser um teatro de "merda", mas é fantástico enquanto a peça rola.

Abraço


Enviado por Tópico
Julio Saraiva
Publicado: 05/04/2010 11:14  Atualizado: 05/04/2010 11:23
Colaborador
Usuário desde: 13/10/2007
Localidade: São Paulo- Brasil
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 Re: 12.A Gaveta da Pedra p/caopoeta
meu caro amigo,

o fato de nem sempre comentá-lo, não significa que sua poesia tem passado em branco diante dos meus olhos. negativo. eu a leio, sim, como leio outros (as) poetas que me despertam interesse e nem sempre comento, caso,por exemplo, de um mais recente, que só agora passei a comentar com a atenção que merece - josé correia, que é dos melhores que tenho lido neste espaço, ao lado do mario osorio, ambos pouco lidos e comentados, talvez pelo comportamento discreto e tímido, parte da natureza dos dois.
não sei até que ponto, para lhe ser sincero, os comentários triviais são importantes para um autor. às vezes, o silêncio diz mais do que um punhado de baboseiras supérfluas.
não sei se estou me estendendo demais. se estiver, por favor, me desculpe. na minha idade há dois extremos: ou você se torna muito breve, economizando as palavras, ou prolixo. como sou bipolar, reajo das duas maneiras.
tenho acompanhado, com imenso prazer, sua Gaveta de Pedra. e, com mais prazer ainda, percebo o quanto sua poesia tem evoluído e, principalmente, amadurecido. permita que eu me valha da idade para fazer essas observações.
não gosto, não sei, fazer análises teóricas ou acadêmicas de poemas. até as acho cretinas, quando não presunçosas. não sou psquiatra, psicólogo e nem mago.também interpretações, no sentido de achar que o autor quis dizer isso ou aquilo,pomho-as de lado. bobagens. eu mesmo já escrevi poemas trágicos dando risada, com o humor nas alturas. um poema,meu amigo, como qualquer outra manifestação da arte, tem dois lados - ou você gosta ou não gosta. o resto é conversa pra boi dormir, como se diz aqui no brasil.
"Que dizes tu/Quando uma voz morre na imensidão da pedra." ou ainda: "Sempre pensei que a dor se deve beber devagar/E não na velocidade que quebra o osso/Em dias como este.
caro cao, não me interessa como são esses dias. o que me interessa é que os versos são excelentes. e o poema, com os anteriores, pra lá de bons.

um abraço forte,

júlio


Enviado por Tópico
Alexis
Publicado: 05/04/2010 16:09  Atualizado: 05/04/2010 16:09
Colaborador
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 Re: 12.A Gaveta da Pedra para caopoeta
olha,caozinho.eu sou daquelas que sempre soube do que eras capaz.tenho uma intuição danada,modéstia à parte.tu apenas o confirmas,texto após texto.

fico feliz que outros olhos te vejam,tão claramente como sempre te pressenti.tu sabes...

...aquele abraço.

alex


Enviado por Tópico
GE3
Publicado: 05/04/2010 22:49  Atualizado: 05/04/2010 22:53
Da casa!
Usuário desde: 22/09/2008
Localidade: Moçambique
Mensagens: 350
 Re: 12.A Gaveta da Pedra p/caopoeta
eis a essência aberta na curva das certezas e em que o amor não é mais que a passagem, a portagem, para a dor que temos que pagar.
então, com a consciência da vida ou com consistência da escrita, surge devagar, devagarinho, de peito aberto, o grito da verdade.

excelente!

um abraço

ps: vou favoritar