Prosas Poéticas : 

A borboleta e a flor

 
Ah! Menina flor!
Quanta sabedoria nesse corpo de menina!
Menina sim, leve e perfumada como a beleza dos anjos.
Mesmo com os ventos fortes que passam por ti, não perdes o encanto. Sua presença é como música relaxante. A todos oferece belas cores e perfumes, não se importando com quem distante passa, fingindo não ver sua pureza. Nunca cansas de encantar àqueles que cativas.
Falando em cativar, nossa amiga flor vive momentos de ternura e realça que a real sabedoria, vem do coração.
Eis que numa bela manhã...
Em seu galho, um casulo foi aos poucos se abrindo. Apareceu uma tímida borboleta.
Assustada chorava, não querendo sair. Tinha medo do novo e receio de não saber viver livre. Jogada ao vento, o que encontraria?
A menina flor vendo aquelas lágrimas, não poderia ficar omissa.
Balançou-se no galho até que tocou suavemente na borboleta.
Com muito carinho, estreitando laços se envolveram. Misturando suas cores, momentos sublimes de amizade sincera, deram àquele ser de asas pequeninas, forças para seu destino cumprir.
Batendo as asas com firmeza, aprendeu com a flor que agora livre, conheceria muitos jardins, várias flores de todos os perfumes e matizes.
Flores vaidosas até antipáticas, por se acharem as mais belas. Para essas não desse muita importância. Que passasse por elas, com um vôo lindo, o mais bonito que pudesse, mas guardando a distância certa.
Botões a desabrochar, temerosos como ela a princípio, que chegasse de mansinho entoando melodias de ninar.
Flores já feitas e singelas, nessas pousasse e adormecesse se cansada estivesse.
Flores amigas, aquelas que sentindo sua aproximação a receberiam em festa. Exalariam a essência de seus melhores perfumes, arrumariam todas as pétalas com primor, sem vaidades e dariam só amor. Essas sim merecedoras de sua companhia.
Ei! Você...
Arrume suas pétalas, hoje é dia de festa, sua visita não tardará a chegar!<br />


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amasol
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