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Barquinhos de papel

 
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Barquinhos de papel

A chuva parava à tarde e um vento frio
Batia do sul e a calçada toda enxugava
Mas na rua, antes que chegasse o estio
A enxurrada bem forte por aí passava

Fazia três ou quatro barcos pequeninos
De folhas de papel nas cores de cristais
E os soltava na enxurrada, sem destinos
Sumiam e eu não conseguia vê-los mais

Hoje me recordo deste tempo de ilusão
Onde para tudo eu tinha uma solução
Mas este tempo não voltará nunca mais

No lugar do barquinho, pego a lotação
Enfrento o engarrafamento e a poluição
Por que a minha ilusão ficou para atrás.

Jmd/Maringá, 23.04.10







verde

 
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João Marino Delize
 
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Enviado por Tópico
Betha Mendonça
Publicado: 23/04/2010 14:00  Atualizado: 23/04/2010 14:00
Colaborador
Usuário desde: 30/06/2009
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Mensagens: 6699
 Re: Barquinhos de papel
No confronto do ontem e do hoje algumas perdas num soneto maior, João!
Bjins, Betha.