Poemas : 

Flores do Mal (5)

 
Sem luzes de espelhos
fomos latinos, amor,
o sangue em incêndio nas veias
promovendo o irremediável.

Fomos nossos corpos em aclive
num dar-se incivilizado
e o silêncio finito do quarto,
contra o chão de mármore,
quebrado.

Nas horas que nos comeram o tino,
nos labirintos onde nos metemos, nus,
nas garras do gozo em que nos prendemos

- fomos carne, amor, somente carne;
sobre as tulipas estampadas nos lençóis.



 
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Amora
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Enviado por Tópico
Betha Mendonça
Publicado: 26/04/2010 16:16  Atualizado: 26/04/2010 16:16
Colaborador
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Mensagens: 6699
 Re: Flores do Mal (5)
Flor de um dos bens maiores: a paixão.Intenso e profundo, Amora.
Bjins, Betha.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/04/2010 16:16  Atualizado: 26/04/2010 16:16
 Re: Flores do Mal (5)
olá amora,
é isso mesmo, somos carne em desatino, e depois somos pele, sentida.

beijo


Enviado por Tópico
Beija-Flor76
Publicado: 26/04/2010 16:28  Atualizado: 26/04/2010 16:28
Membro de honra
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Mensagens: 2080
 Re: Flores do Mal (5)
Um poema apaixonado e apaixonante, a transbordar de sensualidade e romantismo.
Belo

Beijinho
Beija-flor


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/04/2010 16:53  Atualizado: 26/04/2010 18:54
 Re: Flores do Mal (5)
'...nos labirintos onde nos metemos, nus,"

Dora,

ao meu olhar, neste verso, para não precisar atender o desejo de citar todo o poema, você conseguiu uma das definições mais linda que eu tenho lido nos últimos tempos, sobre; o prazer pelo prazer do corpo para o êxtase da alma.
maravilha, maravilha, maravilha...

beijo e afeto poetisa,

Silveira


Enviado por Tópico
RoqueSilveira
Publicado: 26/04/2010 19:56  Atualizado: 26/04/2010 19:56
Membro de honra
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 Re: Flores do Mal (5)
Sempre há novas formas de dizer amor e paixão na tua escrita. Magnifico poema Amora
Beijinho


Enviado por Tópico
ÔNIX
Publicado: 27/04/2010 08:59  Atualizado: 27/04/2010 08:59
Membro de honra
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 Re: Flores do Mal (5)
Nas horas que nos comeram o tino,
nos labirintos onde nos metemos, nus,
nas garras do gozo em que nos prendemos



Um poema com garras afiadas, esta imobilidade presente, que nos tira o tino por completo


Maravilha


Beijos


Mtilde D'Õix