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Sou uma réstia de mim

 
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(foto: minha autoria)


Sou uma réstia de mim


Sou uma réstia de mim


Perante aquilo que sou
Sobras, inicio de coisa alguma
Sou, (não) sendo,
O que serei alguma vez
É a certeza de um talvez.

Sou uma gota no oceano

Acorda de vez em quando
Na penumbra reflectida
Espelho irrealista
Sombra da imagem
Auto-blindagem.

Sou um grão de areia no deserto

Sou aquilo que nunca fui
Sou aragem que flui
Paragem no tempo escondido
Cronómetro avariado
No espaço perdido
Passado é aprendizado!

Mas quero Ser

Bailarina que em cima
De certezas navega.
Calçada na determinação
De ouvir o coração.

Mas quero Ser

Como folha ao sabor do vento
Como gotícula do imenso mar
Na plenitude do sentimento
Conjugando o verbo Amar!

Constantemente,
Para sempre.

Março de 2010
 
Autor
Clarisse
Autor
 
Texto
Data
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1302
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Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
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Enviado por Tópico
AnaCoelho
Publicado: 28/04/2010 12:53  Atualizado: 28/04/2010 12:53
Membro de honra
Usuário desde: 09/05/2008
Localidade: Carregado-Alenquer
Mensagens: 11253
 Re: Sou uma réstia de mim
Uma luz em conjuntura perfeita entre a poesia e a imagens, belas as duas, parabéns.

Beijos


Enviado por Tópico
ÔNIX
Publicado: 28/04/2010 13:06  Atualizado: 28/04/2010 13:06
Membro de honra
Usuário desde: 08/09/2009
Localidade: Lisboa
Mensagens: 2683
 Re: Sou uma réstia de mim
Citando:
Perante aquilo que sou
Sobras, inicio de coisa alguma
Sou, (não) sendo,
O que serei alguma vez
É a certeza de um talvez.



Um bom início tentando conjugar as formas com o conteúdo.


Citando:
Mas quero Ser

Bailarina que em cima
De certezas navega.
Calçada na determinação
De ouvir o coração


O poema alonga-se e foca-se num conjunto bem definido das formas e vai directo para o centro onde tudo ganha novas formas.


Clarisse, belo que ficou este poema

Parabéns

beijos



Matilde D'ônix