Crónicas : 

As Tribos de Relacionamento Moderno (Parte III)

 
 
Uma leitura do Imaginário Popular a partir da poesia (Letra da Música: A História de Lily Braun).
Uma composição: Edu Lobo/Chico Buarque
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As Tribos de Relacionamento Moderno (Parte III)

Na contemporaneidade uma história quando termina em casamento pode não ser uma história feliz… Uma história feliz pode começar com_era uma vez... Mas não fica só nisso. Os ingredientes para um bom final, está no durante, não no fim. O epílogo feliz não considera o tempo, mas a intensidade dos sentimentos vividos.

Dar identidade a relação, voltar ao passado quando se deseja, e sofrer pela saudade da felicidade vivida, nas brigas… E nas reconciliações. Ah! Uma reconciliação quando se vive uma paixão intensa é mesmo, a coisa melhor de se sentir. Mas a recompensa maior é o amadurecimento da relação, o aprofundamento no conhecimento do outro, seus limites e o tamanho da fogueira que aquece o camping do amor, e o mantém protegido e aquecido.

Barracas se armam e desarmam, mas o importante é que o espaço esteja assegurado. Que o caminho a seguir e a área de abrangência estejam demarcados. Sim… O ser humano é silvestre na sua essência, e gosta de manter seu território. Essa é a primeira referência de reconhecimento e defesa de sua toca.

É assim que o amor (que é angelical, divino) alimenta a paixão. Entretanto oficializar este amor, pode ser um lance do mal (aquele que se opõe ao bem). Uma inveja do divinal amor, tão grande, que anula as liberdades individuais, iludindo as pessoas a pensarem que podem ser donos de alguém. E é aí que tudo começa a conspirar para a infelicidade.

Não existem fórmulas mágicas, para ser feliz no casamento, nem ser feliz fora do casamento. Mas o amor não nasce nem cresce em convenções, em modelos, nem padrões de comportamento. Ele cresce através do carinho, da atenção, em pequenas coisas que alimentam o dia a dia, da amada e do amador, ainda que não seja uma convivência sobre o mesmo teto.

É a paixão que alimenta, todo grande amor, deixando-o cego, de tempos em tempos. E aquela, só sobrevive em liberdade, nada que aprisione, os apaixonados os manterá neste estado. E se sentir apaixonado é roteiro básico de histórias felizes…

As tribos modernas de relacionamento, chamam atenção a este mistério da sedução, que através dos tempos mostra que 'antigüidade não é posto', a não ser para carreiras militares. Que tabus precisam cair, para que muitas cabeças deixem de rolar.

A liberdade que o novo imaginário popular apregoa, e mais que isso, vive, passa por comportamentos desafiadores, exacerbados, das normas de conduta arraigadas. Mas só para não perdermos o bonde da história e dos fenômenos sociais, e principalmente para entender o que se passa, nos chamados relacionamentos modernos, é necessário prestar mais atenção ao que está acontecendo.

Isto porque se as pessoas estão 'ficando', namorando, casando, ou convivendo de formas diferenciadas, derivando para a configuração de novos padrões de relacionamento amoroso, não podemos tapar o sol com a peneira. Quem não consegue ver é porque não quer.

Estes novos grupos estão em toda parte e fazer parte dele não é privilégio dos jovens. Estão dentro e fora do lar, o mesmo, de outrora e que, mesmo assim, continuará imaculado e firme porque não se vê um lar. Um lar se sente, se constroe e se mantém.

Lar é mesmo pura emoção, um patrimônio de amor, subliminar. O amor é mesmo tudo e está na base, e sem esta infra-estrutura emocional o que era tudo se transforma em nada, desmoronando. Mas sempre ficam pedras sobre pedras… E assim sendo só resta catar uma a uma e recomeçar, com novas formas de viver, ver e agir social_mente…


Ibernise.
Indiara (Goiás/Brasil), 02.05.2010
Nucleo Temático Educativo.
Direitos autorais reservados/Lei n. 9.610 de 19.02.1998.



Links dos textos anteriores desta série 'As Tribos de Relacionamento Moderno':

http://www.ibernisemaria.prosaeverso. ... isualizar.php?idt=2206528

http://www.ibernisemaria.prosaeverso. ... isualizar.php?idt=2206582

……………


A História de Lily Braun


Como num romance
O homem de meus sonhos
Me apareceu no dancing
Era mais um
Só que num relance
Os seus olhos me chuparam
Feito um zoom

Ele me comia
Com aqueles olhos
De comer fotografia
Eu disse xiiiis
E de close em close
Fui perdendo a pose
E até sorri, feliz

E voltou
Me ofereceu um drinque
Me chamou de anjo azul
Minha visão foi desde então
Ficando full

Como no cinema
Me mandava às vezes
Uma rosa e um poema
Foco de luz
Eu, feito uma gema
Me desmilinguindo toda
Ao som do blues

Abusou do scotch
Disse que meu corpo
Era só dele aquela noite
Eu disse please
Xale no decote
Disparei com as faces
Rubras e febris

E voltou
No derradeiro show
Com dez poemas e um buquê
Eu disse adeus
Já vou com os meus
Numa turnê

Como amar esposa
Disse ele que agora
Só me amava como esposa
Não como star
Me amassou as rosas
Me queimou as fotos
Me beijou no altar

Nunca mais romance
Nunca mais cinema
Nunca mais drinque no dancing
Nunca mais cheese
Nunca uma espelunca
Uma rosa nunca
Nunca mais feliz

Endereço do Video Youtube

http://www.youtube.com/watch?v=rabzeHnZrUU

Maria Gadu - A história de Lily Braun

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Ibernise
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Enviado por Tópico
Henricabilio
Publicado: 02/05/2010 09:47  Atualizado: 02/05/2010 09:47
Colaborador
Usuário desde: 02/04/2009
Localidade: Caldas da Rainha - Portugal
Mensagens: 6963
 Re: As Tribos de Relacionamento Moderno (Parte III)
Tudo mudou radicalmente nos ultimos tempos!...

Poderemos sempre começar a escrever as histórias
- en_cantadas ou não - do jeito tradicional:
"Era uma vez...",
mas dificilmente acabaremos em:
"Tiveram muitos filhos e foram felizes para sempre".

Grande abraçooo para a Ibernise!

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