Poemas : 

LUSITANOS POETAS (Reedição)

 


Parafraseando o poeta Andaluz
Ou arrebanhando-lhe a intenção
Eu canto os poetas,
Os poetas Lusitanos de Agora
No remanso das ideias que lhes assomam
Na palavra transparente
Que deixa passar a verdade que sentem
Aceitando do outro
A verdade que supostamente não tem que ser a sua.
Neste enlevo poético
Se assim o posso chamar
De novo eu direi
Que canto os poetas,
Os poetas Lusitanos de Agora.
Mas não no fingimento
Na palavra insidiosa
Feita mortífero aguilhão
Mas antes sem rodeios e sem aleivosias
Um hino ao amor e à amizade
Afinal um hino ao belo
Que de mil e uma formas
E outras tantas pétalas
Se derrama sobre o desfiladeiro de sensibilidade
Que se não queremos negar-nos
Fatalmente somos
E que inevitavelmente
Passa também pela amargura
Pelo sofrimento
Que às vezes não tem limites.
Enquanto assim
Desabrocha em mim
O desejo de ser poeta
Ainda que pelo desejo me fique.

Naquilo que será um magnífico sonho
Eu cantarei com desassombro
Os poetas,
Os poetas Lusitanos de Agora.

Antonius



 
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luciusantonius
 
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Enviado por Tópico
Henricabilio
Publicado: 11/05/2010 21:11  Atualizado: 11/05/2010 21:11
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 Re: LUSITANOS POETAS (Reedição)
Possam os poetas acalmar-se e ouvir este apelo.

Os poetas de agora,
enervam-se com facilidade.
(deve ser da crise)

Um abraçooo!
**Abilio**

Enviado por Tópico
arfemo
Publicado: 11/05/2010 21:19  Atualizado: 11/05/2010 21:19
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Mensagens: 4812
 Re: LUSITANOS POETAS (Reedição)
...lê-se um texto e vê-se o seu progenitor: alma limpa, ética, valores...e reserva da energia para o que é importante: a criação...mas é a vida, caro Antonus, se nem todos pensam assim...

abraço especial
arfemo

Enviado por Tópico
jaber
Publicado: 11/05/2010 21:42  Atualizado: 11/05/2010 21:42
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 Re: LUSITANOS POETAS (Reedição)
"arma virun que cano"- da Eneida de Vergilio que havia de sugestionar Camões a iniciar os Lusiadas com "as armas e os barões assinalados". gostei desse cantar de timbre quase épico que imprimiu.

Abraço António