Poemas -> Amor : 

Vem!

 
Vem, em gomos de luz
recolher as quimeras, o licor
e lavar as águas da afeição
no turbilhão das ânsias
que o sangue sangra no inexprimível,
de olhos finados
pelas ossadas do desejo.
Vem, arder nas infâmias esguias
de uma ventura,
um capricho da lua
no frenesim da dança...
... até ao amanhecer.

Não temas os sortilégios,
as ciladas,
é tempo de aprender,
de ofuscar, existir lavado em laivos
de amor por fissuras de encanto.
Vem! A noite é de muitos corações
e quando o dia pula
ungido de dúvidas e mel,
é o vislumbre louco das paixões
arfando saudades do crepúsculo tépido,
que a alma vibra de se enlaçar...
Vem, a vida é um disparate sem peso!

 
Autor
José António Antunes
 
Texto
Data
Leituras
760
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
mariagomes
Publicado: 24/05/2010 20:49  Atualizado: 24/05/2010 20:49
Colaborador
Usuário desde: 18/04/2010
Localidade:
Mensagens: 1614
 Re: Vem!
Olá Zé, já tinha saudades de vir aqui ler estes belissimos poemas e comentar, como sempre está lindo, a vida é mesmo um disparate, mas ainda bem que estes disparates se envolvem no amor, adorei.
beijinhos
mariagomes

Enviado por Tópico
euzinha-vida
Publicado: 28/06/2010 17:02  Atualizado: 28/06/2010 17:02
Participativo
Usuário desde: 28/06/2010
Localidade: Lisboa
Mensagens: 45
 Re: Vem!
É nesse franesim da dança... que a paixão ensaia a melodia da vida...
Na ventura do encontro...na dor da partida...
Vem...

É lindo o seu poema.