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E.P.A. - S.A.R.L.

 
ESTE POEMA É DEDICADO A TODOS, OS QUE A ISTO ESTÃO SUGEITOS.

O director de uma cadeia,
e o chefe de um cemitério.
Ambos têm na ideia,
que dirigem um império.

É uma ideia louca.
Mas entre um morto e um cativo,
a diferença, é bem pouca.
Um é morto, o outro é vivo.

A diferença está presente,
nas dores que se podem ter.
O morto já nada sente.
O preso está a sofrer.

Na prisão, estar cativo.
É como estar a morrer.
Deixa de se ser, ser vivo.
E nada se passa a ser.

Ser preso é nulidade.
E não tem nenhum valor.
Nem perante a sociedade,
nem perante o amor.

Nunca há reabilitação,
ao voltar á liberdade.
Os anos que se passam na prisão,
são a escola da maldade.

Ao estar anos na prisão,
a fazer a vida de urso.
Aprende-se sempre a lição.
E tira-se sempre um curso.

Aprende-se a ser bandido.
E também a ser ladrão.
Da vida foi-se banido.
E não tiveram perdão.

Passam-se anos desgraçados.
A vida se vai perdendo.
Os dias sempre contados.
E assim se vai vivendo.

Ninguém sabe o que acontece,
dentro de qualquer prisão.
Quem está dentro nunca esquece.
Triste vida de escravidão.

Nunca esqueças o que viste,
enquanto tu cá estiveste.
Tu sabes que isto existe,
Pois tu, também cá vieste.

Eu, que também já lá andei.
Sei o que é ,estar condenado.
Tive sorte, porque me salvei.
Ou melhor, fui libertado.

zeninumi 27/7/2007



































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