“Donde esconder tanto encanto,
Se da poesia, desnudo meu pranto,
E acolho os braços teus?”
(Ledalge)
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Os braços teus são fortalezas em mim,
que fazem meu encanto aflorar,
como o lago azul em alto mar...
e o olor do meu corpo em jasmim.
Se da poesia, o bálsamo maior,
emerge dos mais sutis sentimentos,
como o farol, que incendeia o vento,
resgato de ti, meu arrebol...
Pra voar pelas liras encantadas,
vermelha como o pôr do sol,
intensa como a luz das fadas...
Que brilha, como a menina amada,
sem medo do despertar, e só,
não estou, neste universo que me habita...
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)