Sonetos : 

O PRIMERO SOPRO

 




Nas fímbrias do tempo estagnado
Nas frestas que a madeira expõe
No chão liso de madeira encerado
Nas janelas onde o vaso se põe

Na íris da janela mostrando roupa
Nas varandas penduradas ao vento
Na voz que gritando até ficar rouca
Nos mostra que ainda há o alento

É que faço esta minha cantiga amiga
Sem grilhões nem saudosismo
Palavra ao vento levando minha vida

Por esses cantos imensos do mundo
Onde o que reina cerce o fascismo
Cortou e formou o primeiro segundo.

Jorge Humberto
31/07/07






 
Autor
jorgehumberto
 
Texto
Data
Leituras
728
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Paloma Stella
Publicado: 01/08/2007 17:06  Atualizado: 01/08/2007 17:06
Colaborador
Usuário desde: 23/07/2006
Localidade: Barueri - SP
Mensagens: 3514
 Re: O PRIMERO SOPRO
Magnífico este seu soneto.

Diria té exuberante.

Beijinhos