Monólogo sob epígrafe de Vóny Ferreira

Cara Vóny,
Eu é que lhe agradeço a epígrafe.
Um beijo
Xavier Zarco

Cara Vóny,
Embora seja dona e senhora do que escreve, algo que eu não discuto, de facto considero uma atitude de um mau gosto tremendo retirar algo, sobretudo quando o mesmo é objecto de comentário e/ou de recurso intertextual, isto tendo em atenção não se tratar de uma acção de depuração de obra integral, mas de algo que é colocado em um espaço onde o diálogo, sobretudo o polemicado deverá ser o factor primordial.
Como não discuto decisões fora do âmbito meramente literário, resta-me deixar esta nota.
Um beijo
Xavier Zarco

Caro Xavier,
apaguei este como apaguei cerca de trinta ontem.
Tenciono apagar muitos mais...
Sendo como sou senhora e dona do que escrevo, faço dos meus textos o que muito bem entender. Desculpe.
Tive o cuidado de lhe deixar o poema que se serviu de mote. O resto, desculpe, não recebo reprimendas de ninguém.
Um beijo.
Vóny Ferreira

Cara Vóny,
Não é reprimenda, mas uma nota, o que é bem diferente. Quanto ao resto, se assim era a sua intenção, deveria então colocar somente o que de facto serviu de ponto de partida, isto é: as duas estrofes; não o restante. O recurso foi, com a devida indicação da autoria, o que coloquei como epígrafe.
Um beijo
Xavier Zarco

Cara Alexis,
Sem dúvida que o diálogo está na base do que se escreve e tu bem sabes disso, mas não se pode retirar o prazer às pombas. Estátua que se preze deve adorar as pombas, caso contrário que estátua sobreviveria no decurso do inverno, isto é: após a inauguração.
Um beijo
Xavier Zarco

Camarada,
O diálogo, mesmo quando se diz monólogo, deve ser algo que acrescenta. Se este autor: Xavier Zarco; acrescentou ou não, isso só depende do leitor.
Um abraço
Xavier Zarco

Cara Branca,
Professor?, não, muito pelo contrário: sou um mero aprendiz, e isto não é humildade, que isso uso pouco ou nada. Há quem diga que é defeito, mas considero uma virtude na medida em que digo o que penso, não me colocando acima ou abaixo do que julgo ser. Sobre este poema, que nasce de um conjunto de cinco versos da Vóny Ferreira, em que o primeiro, um nonassílabo de origem é transformado em decassílabo, mas heróico: acentuado na 6.ª e 10.ª, pelo tom que pretendi conferir ao texto, direi que é um exercício que nos remete para uma visão em que o poeta é, no sentido de se despojar de uma necessidade de ser aceite e/ou reconhecido pelos outros. Daí o recurso à ironia. o que fazem as pombas nas estátuas?
Um beijo
Xavier zarco

P.S.: Estive a preparar uma série de projectos, não só os que aqui inseri de "leituras", mas outras coisas que não me têm permitido inserir novos dados no forum, mas para lá regressarei em breve.

Sabes Roque?
Começa a ser mais original na tua cegueira, cachopa!
É que até adoro que me detestes, acredita, pois eu consigo detestar-te ainda mais

Mulher tendenciosa!!!

só comentei o poema, nunca os poetas, mas aqui se comprova, mais uma vez, o que é saber da elegância e a falta dela, o que é saber ler e ser analfabeto.
enfim!

Cara Roque,
Embora entenda e aceite o teor do comentário, peço-lhe que não entre em debate extra-literário nos meus tópicos. Estou aqui, não só para ler, que é o meu passatempo predilecto, mas, também, para ser lido e uma linha de comentário de outro género leva para a leitura dos comentários e não do poema ou texto.
Um beijo
Xavier Zarco

Cara Vóny,
Isto é um espaço para discussão sobre literatura, não para outro género de referências. Há uns tempos disse algo por mensagem privada sobre o que se deve preservar nas contendas, a qual divulgarei, se me der autorização para tal, isto porque quando digo, digo, não fico por meras intenções. Se quer respeito por si respeite os outros. E mais: se não sabe o que é um NONASSÍLABO convertido em DECASSÍLABO, aprenda. Se não sabe o que é uma EPÍGRAFE, aprenda. Refile onde entender, mas em comentários a meus textos não e não pelo que escreveu em pm.
Xavier Zarco

Cara Roque Silveira,
E ainda bem que não gosta do tema senão um destes dias ainda diziam que tínhamos feito algum pacto.
Pois!, ando a ficar um má-língua, bom!, se for língua de vaca, sempre dá para a pôr a ferver em água salgada e depois ter a trabalheira de a limpar. Depois, voltar a pô-la ao lume até ser possível a esmiuçar à mão, sim!, nada de maquinaria que estraga o sabor. E então... queriam, mas não digo o resto da receita: ovos, açucar... Seus gulosos!, chama-se Manjar de Língua e é originário do Convento de Arouca. Já o fiz e é um frete, mas lá que sabe bem, lá isso sabe.
Ó Roque, estávamos a falar de quê?
Um beijo
Xavier Zarco