Crónicas : 

SOBRE OS FALSOS PROFETAS

 


Há toda uma cultura das igrejas serem receptoras de objectos de culto por parte das pessoas, habituadas a darem o seu dinheiro e ouro e peças de artesanato, para as mãos dos padres e pastores, falsos profetas que mais não fazem do que sujeitar as pessoas ao pecado e à vergonha, como seres humanos que somos, eles não enaltecem as pessoas só a igreja e Deus, pouco se importando com a pobreza e a desgraça, claro que há padres e padres, tem uns que são maravilhosos seres humanos e fazem colectas para os pobres e evangelizam sem forçar nem obrigar a nada. Mas as igrejas são antros de miséria espiritual, tanto que as pessoas vão às igrejas professar uma coisa e depois no seu dia-a-dia não cumprem, fazendo-as pessoas vulgares e ardilosas.

Nada como acreditar em algo sem ser preciso prestar culto nem a isso se sentir obrigado. Depois da morte do consagrado e único premio Nobel da Literatura portuguesa, muitos vieram achincalha-lo com demandas de maus perdedores, mostrando-se pessoas ressentidas e com pouco senso na cabeça, conspurcada pelo culto que preconizam a Deus. Deus disse que não queria objectos que professassem a sua igreja, mas as pessoas ao longo de milhares de anos, o que têm feito é isso mesmo, desrespeitando a palavra de Deus.
Pessoas com uma rara incontinência verbal cegos e burros tentaram denegrir o José Saramago, homem de frontalidade, de rara inteligência e talento como não há mais, por este se insurgir contra a igreja e a Bíblia com toda a razão, a bíblia é sim um livro de «maus Costumes» onde filhas podem casar com pais e conceber filhos, à luz de uma ignóbil profecia, para gerar o fruto do seu fruto, não interessa com, quem. A Bíblia diz “olho por olho, dente por dente”, reis mandam assassinar judeus e a Bíblia não contrapõe.

O Vaticano é um estado podre de rico, alguma vez tiraram os relicários dos bispos e padres, a luzir ouro para dar de comer aos pobres? Não e mais grave ainda que agora que se fala de tantos padres pedófilos, diz-me bem do que é aquele antro que os protege para fugir à policia, pela mão do senhor todo-poderoso das catacumbas o teólogo Ratzinger, que virou papa quando não tiveram coragem de eleger um Papa africano, para ajudar o povo sofrido de África.

José Saramago era sensível a tudo isto, era do povo, e caiu sobre eles sem piedade no «Memorial do Convento» e «O Evangelho Segundo Jesus Cristo» e mais recentemente com o seu romance «Caim», que tanta celeuma levantou, atingido o escritor não pelo seu brilhantismo mas por ser comunista. O que é que a política tem a ver com a obra de Saramago, ele era e é Universal.
Como diz o cineasta Brasileiro, Fernando Meirelles, “o mundo ficou mais burro e mais cego”, só quem não dá valor à obra de Saramago, vive numa perfeita disfasia que lhe atrofia a fala e o pensamento, são aqueles que estão acostumados ao fundamentalismo e ao fanatismo acima de qualquer prova contraditória e reflectida antes de ser referida, como fazia José Saramago.
Morreu um grande Homem e um grande Talento, que faz inveja a muitos desde que lhe atribuíram o prémio Nobel da literatura em 1998, contavam os tansos que a academia de letras fosse tão cega como eles, mas não e fez jus a José Saramago atribuindo-lhe muito bem o Nobel, com o Vaticano e a igreja e um tal de Sousa Lara a engolir em seco, mas nunca lhe perdoaram essa “afronta” para cérebros mesquinhos, que têm palas nos olhos como os burros.
Viva José Saramago!!!

Jorge Humberto
19/06/10

 
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