Poemas : 

MEDO DAQUILO QUE NÃO CONHECEMOS

 
Nesse chão riscado,
Entendo que é tudo resultado da mera ocasião,
Que não há um culpado,
Nem denominação.

Aquele que já sofreu carrega consigo grande dor,
Aquele que já morreu só levou o amor,
Quando nada se tem a perder,
Deve-se arriscar tudo o que temos.

Nesse chão tão maltratado pela dor,
Tão desgostoso pelo amor,
Abandonado e sem carinho,
Silencioso e sozinho.

São nossos corpos em queda livre a morte,
Ao desenrolar do tempo,
Com tanta falta de sorte,
Acabam se perdendo.

E ao se perguntar aonde foi que erraram,
Encontram-se entrelaçados a uma mesma linha do pensamento,
Que se perdeu há tanto tempo,
Que já não existe resposta.

Quando a loucura nos bate a porta,
Resta-nos um lamento,
Pedindo a Deus que nos livre deste tormento,
Que nos persegue agora.

Tendo o homem como juiz,
A vida de aprendiz,
Todos julgaram,
E todos são julgados.

Culpe a quem culpar,
Não existe um verdadeiro culpado pela dor,
Não existe uma fórmula a despertar o amor,
Que a tanto vem adormecido.

O coração do homem,
Só tem lugar para seu ego,
Não importando o quando amem,
Somente o que faz bem para si.

Para deixar de pensar em si,
Não há segredo,
Só devemos parar de ter medo,
Daquilo que não conhecemos.


Tatiane Nunes Freire

 
Autor
TNF
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1253
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.