Queixas de mulher

Este poema surgiu duma conversa aqui em casa, lamentavamos com o calor que esteve os trabalhadores das obras públicas, porque o meu marido conhece bem como é, e daí recordei: e então
os da enchada e da foice e a malhação do trigo
na eira e lá me veio tudo de novo, está nas veias,
compreendes?

beijinho querida amiga e obrigada
fica bem
rosa

Lembro-me bem de alguns termos antigos que faziam parte da linguagem do dia a dia, aqui estão dois
que nem sei se já se usam que é o «pouquidão e o
depenicar».
Minha mãe me mandava vender flores às casas ricas
e sempre me dizia não depeniques as flores, em troca trazia sempre àlcool para casa e algum dinheiro e também lhes levava figos é verdade.
Sabes que na minha aldeia os únicos ricos eram donos duma fábrica de alcóol.

Eduarda, já me alonguei, obrigada
beijinho da rosa

Nunca se quebra esse elo, passam so anos, a vida vai correndo enquanto é azáfama, nem lembramos nada, mas depois chega a altura em que damos mais valor às lembranças, ao que nos era querido e aí
sentimo-nos abençoados por manter mais ou menos intacta a memória.
beijo amigo

grat
rosa

Eu sei que gostas de ler Carol, e que achas bonita minha poesia, graças a Deus tenho muita gente que gosta, tenho até quem venha buscar para
apresentar no seu blog, para mim também é motivo de orgulho.
Mas me encanta sempre saber, também a tua opinião
amiga, a qual te agradeço sempre com muita amizade.

beijinhos
rosa

Amigo Poeta

É assim simples que tudo se denrola, nasci num meio simples, pobre, lá cresci, lá me ensinaram
a ser gente de bem, as lembranças são de pequenos nadas que me fizeram feliz e é sobre o que a minha poesia assenta a «saudade».

abraço obrigada pela visita e apreço.
rosa

Sempre me vem uma lágrima, quando eu própria o leio, recordar às vezes também faz doer.
Mas são aquelas coisas bem simples que eu recordo,
lhe sinto os cheiros, ouço as vozes bem distintas,
e sei que não tem retorno, por isso trago comigo a saudade.

beijinho Nanda
fica bem obrigado
rosa