Poemas -> Reflexão : 

Lavagem cerebral

 
É uma luta constante,
Esta que travo comigo.
O pesadelo está distante,
Mas esqucer, eu não consigo.

E nada eu posso fazer,
Para nada recordar.
Porque mesmo sem querer,
Eu acabo por lembrar.

São os factos já passados,
Que mais me fazem sofrer.
São por mim sempre lembrados,
Enquanto eu por cá viver.

São difíceis de esquecer.
Mas são fáceis de lembrar.
Eu custo a adormecer,
Quando estou a recordar.

As imagens se repetem,
Da desgraça em que eu caí.
Ao passado me remetem,
E por isso eu não esqueci.

É como no cinema mudo,
Esta vida em meu redor.
Eu consigo lembrar tudo,
Até ao mínimo promenor.

Foi uma triste hora,
Em que a desgraça ocorreu.
Mas é como se fosse agora,
Que tudo isso aconteceu.

Está bem viva na memória,
Tão triste foi o momento.
É como se fosse uma história,
Desgraça de acontecimento.

Só havia uma maneira,
De me livrar deste mal.
Era fazer uma asneira...
Uma lavagem cerebral.

Mas a lavagem cerebral,
Tinha um problema também.
Porque ao esquecer o mal,
Eu também esquecia o bem.

E ao esquecer o bem,
Eu esquecia um bem maior.
Que o meu coração tem,
Ao poder ter o amor.

Por isso esta solução,
Não pode ter validade.
E continuo com a questão,
De esquecer a realidade.

zeninumi 7/8/2007







zeninumi.

 
Autor
zeninumi
Autor
 
Texto
Data
Leituras
2587
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.