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ALMAS DISSONANTES

 
Tags:  amor    paixão  
 
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ALMAS DISSONANTES

Tu não me conheces
Eu não me conheço
Desenlaçou-se o que era ignorante
De nossos comuns desentendimentos
E na atmosfera nada teimou elegante

As bem-venturanças espatifaram-se ao ar
Como opacas bolhas de sabão gigantes
Que a indelicadeza não permite
Ganharem desenvoltura para alçar vôo
E desmancham-se, à toa, ao sopro da boca

Tu não me conheces...
Eu não me conheço...
Um muito disto é o muito pouco
Que restaram de iguais desejos
Em nossas almas dissonantes


Gê Muniz

 
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GeMuniz
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Enviado por Tópico
anakosby
Publicado: 26/08/2010 16:07  Atualizado: 26/08/2010 16:08
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Usuário desde: 12/04/2010
Localidade: Torres
Mensagens: 1739
 Re: ALMAS DISSONANTES
Que pena. Um cheiro de desilusão plena na completude da obervação de uma realidade. Sim, uma realidade, pois "A realidade" só é absoluta aos olhos do observador.
E, ninguém conhece ninguém, quiçá nós conhecemos nós mesmos.
Um belíssimo poema.
GRANDE ABRAÇO.


Enviado por Tópico
carolcarolina
Publicado: 26/08/2010 23:32  Atualizado: 26/08/2010 23:32
Colaborador
Usuário desde: 24/01/2010
Localidade: RS/Brasil
Mensagens: 9299
 Re: ALMAS DISSONANTES
Poeta Gê!

Que pena poeta!
Só poderia terminar assim, ninguém conhecia ninguém.
Mas quem sabe ainda existe um tempo para que uma alma conheça a outra.
Gostei do poema!
Bjo!
♫Carol