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Poemas : 

Sem símbolo de outonais ventos

 
Tags:  para uma amiga  
 
Na sensível perspectiva da emoção
escuto a ausência
nos murros que lentamente
se erguem
na janela das minhas retinas…

Irradiam fragrâncias tuas
lembranças ainda tão próximas de mim.

Afastas-te…

Galgo as escadas de roldão
fluo dentro dos ecos de silêncio
imagem por imagem
vasculho minúsculas partilhas,
os olhos enchem-se de água…

O tecido orgânico
que o ventre concebe
sem anverso nem reverso
é escura a razão
que não encontro…

Uma cidade safara
ergue-se sem que eu descubra
as foices
que quebraram estes laços.

As árvores morrem
no tempo dos homens
sem símbolo de outonais ventos…

Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...

 
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AnaCoelho
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 04/09/2010 09:58  Atualizado: 04/09/2010 09:58
 Re: Sem símbolo de outonais ventos
Ola Ana, por vezes nao encontramos explicacao que justifique o fim de uma relacao! Belo poema. Beijos!


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 04/09/2010 11:34  Atualizado: 04/09/2010 11:34
 Re: Sem símbolo de outonais ventos
Ola Ana

Um poema maravilha. Um dos belos momentos que nos ofereces-te.

Ás vezes as ausências são incompreensíveis, mas a amizade permanece para além delas.

Dizer que gostei é um lugar comum. A amizade para mim é um tesouro que tento preservar.

Beijo azul


Enviado por Tópico
Conceição Bernardino
Publicado: 04/09/2010 13:33  Atualizado: 04/09/2010 13:33
Usuário desde: 22/08/2009
Localidade: Porto
Mensagens: 3357
 Re: Sem símbolo de outonais ventos
olá Ana,

uma construção perfeita num olhar imperfeito de certezas quase surreais.
belo

beijo


Enviado por Tópico
GeMuniz
Publicado: 04/09/2010 16:17  Atualizado: 04/09/2010 16:17
Membro de honra
Usuário desde: 10/08/2010
Localidade: Brasil
Mensagens: 7283
 Re: Sem símbolo de outonais ventos
A vida toma seus rumos e somos apenas passageiros num carro desgovernado... Cada vento leva uma pétala da mesma flor para os seus próprios lados!

beijos poeta!
Gê

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