Na Paisagem, Coisas são Cenas das Personagens
As coisas proliferam
Coisas que não se sente
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Há os que acreditam
E acabam por encontrar,
Há os que não encontram
Pois não podem acreditar
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As coisas conversam
Coisas surpreendentes
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Há os que nem percebem
Se algo está longe ou perto
Sem crer no que concebem
Deixam passar o que é certo
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As coisas enxergam
Coisas muito além da mente
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E se afogam na descrença,
Esquecem de serem felizes
E assim deflagram a sentença
Nos seus fados de aprendizes
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As coisas despertam
Coisas em cada crente.
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E se apóiam na insensatez
Com sopas de letras e acordes
Desfazendo um nó por vez
Na vaidade de seus recordes
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As coisas fatalmente geram
Coisas de fato em sementes.
Ibernise.
Barcelos (Portugal), 04.09.2010.
Núcleo Temático Filosófico.