Sonetos : 

Soneto de um falso amor (Sobras)

 

Passos rápidos, correrias, sobras
Tempos, espaços, migalhas de alentos
Apenas vistas como simples manobras
Medidas falsas de amor em momentos.

Não entendo, sobras de sentimentos
Talvez incompreensíveis sussurros
Que foram largados em falsos muros
Quebrando em cacos os enternecimentos

As Sobras de afetos, serão ossos?
Ruínas, adquiridas em uma vida
Que se jogam em alguém os destroços?

Será que no amor as sobras são migalhas
Dos sentimentos dados a alguém no todo
E depois da fartura, o resto é o outro?



 
Autor
Antonio Ayrton
 
Texto
Data
Leituras
1970
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 19/08/2007 15:30  Atualizado: 19/08/2007 15:30
 Re: Soneto de um falso amor (Sobras) p/ Antonio Ayrton
"E depois da fartura, o resto é o outro?" Grande questão, quando esse Outro, já foi todo o sentido.
Belo Soneto.
Isabor.