Poemas -> Surrealistas : 

ALMA INQUIETA

 
Coração dói.
Garganta aperta – nó que não desfaz.
Olhos sangram – não…!
Aprisionam o sangrar latente.

Por que viajo agora cá… dentro de mim mesma?
O que desejo? – alma inquieta!
Não é insistente este pesar?
Acaso tens o sádico prazer de a tudo retornar?
Temos todos este sádico prazer de retornar… loucos!!
Não olhes agora!
Não podes mais nada fazer… pobre menina.
Não há mais jeito… conserto… desmanche.
Corras de cá… para bem longe.
Onde encontra-se agora a tua mãe?
Saias daqui!
O que viestes cá fazer…
Igual um cão fiel ao seu dono… sempre a fazer rondas?
Acaso não percebes onde não mais é o teu lugar?

Coração dói…
Garganta afrouxa – nó que desfaz (gritos mudos)
Olhos sangram – alívio da alma.
Retornou a menina.

Karla Mello
Julho 2010




karla.melo66@hotmail.com"Nao tenho ambições nem desejos. Ser poeta nao e uma ambição minha. É a minha maneira de estar sozinho." (Fernando Pessoa)

 
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