Crónicas : 

Meu país tão diversificado

 
Como nós vivemos em um país da diversidade e da diversificação!
Eram 10 horas da noite, ou se preferir 22horas, a aula acabou e fomos todos em direção a porta de vidro que nos conduzia à rua. Contemplávamos a chuva de longe, acredito que pensávamos todos na mesma coisa: como será que estão os ônibus, todos cheios de pessoas molhadas! E o trânsito? Deve estar péssimo, afinal, São Paulo pára quando chove!!!!
Alguns ainda devessem imaginar a panela sobre o fogão a borbulhar qualquer que seja o caldo quentinho, com o tempero gostoso e cheiroso típico da casa da vovó, para espantar o Frio que as gotas de chuva provocaram em nosso pensamento! E depois dos até amanhãs, ditos, cada qual seguiu seu próprio destino, quase todos a caminho da estação de trem!
Corre – corre, muita gente, catraca cheia, escada rolante em movimento... Ao chegar o trem abre sua porta e em instante fecha-a, ainda estou à escada, Terei que esperar pelo próximo! Pessoas o tempo todo em constante movimento!!!!
Observei o elevador que quando o elevador parou desceram duas moças que pareciam completamente perdidas, eu podia ler em seus rostos a indagação de indagação, e agora? Onde pegamos o trem??? Pois estavam ao lado de desembarque , com as malas aparentemente pesadas e um carrinho que carregava um lindo bebê. A súbita vontade de ajudá-las interrompida pela chegada do trem em que eu iria embarcar deixou-me ansiosa, pois nem gritar eu poderia já que estávamos separadas pela linha do trem...
As portas de igual modo se abriram e simultaneamente o ter se encheu deu tempo de eu sentar e, bum, já estava lotado! Na estação seguinte entrou uma moça, bonita ao meu ver, com um vestido cinza pouco a cima do joelho, e uma bota um palmo a baixo, não pode evitar os olhares e os pensamentos é claro, cada um com o seu desde os elogios silenciosos até as críticas maldosas e invejosas, eu em particular fiquei pensando em quando ela não devia estar se sentindo bem, poderosamente com sua auto estima lá em cima! A moça desceu e entraram outras pessoas...
Agora as vitimas das minhas observações, foram duas amigas de trabalho que entraram. As duas de branco com um jaleco do hospital em que trabalhavam duas enfermeiras que me trouxeram à lembrança a saudade da minha Irmã que a tanto não vejo, uma delas com o nome Kelly bordado no jaleco, abaixo da função e do nome do hospital, calçava um sapato singelo e meigo com o bico fino e um charmoso pingente detalhando sua ternura o qual me prendeu a atenção! Logo vi uma jovem com uma camiseta escrito BIOLOGIA, encantadora sua forma de expressar seu gosto e suas escolhas, mas enquanto divagava na declaração da garota por seu curso escolhido percebi que ela trajava com uma calça bem diferente do meu gosto, dessas que são largas em cima e vai se afinando quando chega nas pernas... Bom eu jamais vestiria igual, pensei: “ cada qual com seu estilo...” e antes do pensamento se formar completamente em minha cabeça, levantei meus olhos e bem à minha frente um senhor de cabelos longos, com piercing, em todos os lugares possíveis e visíveis aos olhos humanos alargadores nas orelhas e vestido de uma forma inusitadamente...
Só posso dizer que vivemos em um país cheio de diversidade e diversificações... Um país livre, lindo por seu povo com opiniões próprias...


Como o Amor e o Ódio, que ardem no peito quando os sentimos, assim é a Esperança, quando por um fio o Infinito parece ter Fim, e o que esperamos parece nunca alcançarmos...

~^~ _Flor ~^~



 
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Cíntia
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